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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Crise na segurança do Espirito Santo

Segue abaixo, o texto recebido com o título : TEXTO INUSITADO DE UM CORONEL PM
Jorge Aragão

Caro Jornalista,

Desde o início de sua carreira acompanho os seus textos sempre bem escritos.

No seu artigo de hoje fica a dúvida se um jornalista tão experiente como
Você foi tomado pelo canto da sereia do desastrado Rodney Miranda. Não
existe jornalismo competente se ele não for investigativo.

Ninguém melhor do que eu para dizer Lhe alguns pontos sobre a trajetória sem
êxito de Rodney Miranda à frente da pasta de "insegurança pública".

Depois de ter idealizado a Polícia Interativa e o Pro-pas, filho de uma
família pobre, mas honesta e honrada, acabei sendo a primeira vítima de
Rodney.

Há pouco meses, Rodney teve que se humilhar e pedir-me para assumir o
Comando de Polícia Ostensiva Metropolitano, pois segundo ele, eu seria a
pessoa indicada (quanta ironia). Não aceito canalhices e nem politicagem.
Disse a ele um rotundo NÃO.

A própria Gazeta em fevereiro de 2003 com toda a retumbância anunciou que
sumiram milhões e mais milhões de reais do Pro-pas. Tudo mentira. Rodney é
tão canalha que ao ser interpelado judicialmente pelos ex-secretários de
segurança, Dr Luis Carlos Nunes e o Coronel Edson Ribeiro do Carmo,
desmentiu tudo e colocou a culpa na imprensa, nunca teve a ombridade de
desmentir a sua falácia junto à opinião pública.

Eu tenho o documento onde esse aproveitador incompetente "se retratou", mas
a imprensa livre nada publicou, e veja, ele diz no documento judicial que os
milhões não sumiram, mas que estavam depositados na Agência do Banco do
Brasil, na Pça Pio XII em Vitória. É um sicofanta!

Desde o início de seu trabalho em terras capixabas Rodney se fez assessorar
por executores de grupos de extermínio. Os assessores de Rodney transferidos
para a SESP (eu tenho os nomes), são militares criminosos e alguns com
inúmeros homicídios (posso provar), sendo que até pela Sra Asma Jahangir,
inspetora da ONU, os competentes matadores (todos foram depois aposentados
misteriosamente por problemas de saúde) a ser serviço de Rodney foram
denunciados, e mais uma vez a imprensa livre não informou nada à sociedade.

Lendo a recente obra de Saulo Ramos - "O Código da Vida" você descobrirá
muita coisa sobre delegados ... que gostam de esquemas de poder ao lado de
um ex-procurador da República que esteve muito por aqui, e que hoje vive da
advocacia privada. Pelo que sei Saulo Ramos não é membro do crime organizado
e tem isenção para dizer o que bem lhe convier.

Certamente sem resultados (mais de 11 mil homicídos sob a sua gestão), e sem
argumentos para com a sociedade mais medrosa do Brasil, a capixaba, refém de
toda sorte de criminosos, Rodney teria que se apegar ao poder de uma forma
ou de outra (mora de graça e recebe salário acima do teto). Fez isto
grampeando por longo tempo, evidentemente "sem saber", a maior e a mais
credível Rede de Comunicações do Estado - "A Gazeta". Ficou impune não se
sabe por qual motivo, e quem foi "escutado" deve ter ficado com receio de
cobrar providências, pois a mídia capixaba sobrevive, dos donativos
governamentais na forma de publicidade.

Eu posso tecer as críticas que faço, pois tenho autoridade moral,
intelectual, técnica (trabalhei na Assessoria de dois presidentes da
República e de 3 governadores, inclusive do atual), e sobretudo como um
Oficial que não está nas malditas páginas do livreto de Rodney, e que ao
longo de 28 anos de serviços na PMES, nunca tive sequer uma advertência
registrada em minha ficha funcional.

Que fique claro que não sou nem nunca fui adeso a Petrarca e à sua camarilha
de matadores, tais quais a de Rodney. Quem pediu a exoneração de Petrarca em
2001 não foi Rodney, fomos nós, os majores de ontem, coronéis honrados de
hoje.

Rodney é uma farsa que põe medo em muita gente, mas não no atual coronelato
da PMES, pois nunca nos apanhará em cometimento de crimes, nem tampouco a
serviço de políticos que dominam a cena. A nossa Instituição é valorosa e
continuamos a diuturnamente a prestar serviços à população.

Saiba que o livro é uma ofensa irreparável à história da PMES e a de alguns
de seus mais honrados (e não matadores de grupos de extermínio)
integrantes, como é o caso do Coronel Marcos Aurélio (Áureo Macedo), entre
outros que hoje vêm as suas famílias humilhadas por esse pusilâmine
secretário de insegurança.

Na PM se Rodney entrar nos saimos pela outra porta. Ele não tem autoridade
legal nem moral para frequentar os nossos espaços. A Instituição tem asco
por ele, do soldado a coronel. A única exceção talvez seja a meia dúzia de
apaniguados que se submetem à subserviência em troca de alguns reais a mais.

Por fim Rodney desmente a si mesmo ao se associar a uma sigla partidária,
que segundo ele em tempos pretéritos, com outro nome, era a sede do crime
organizado no ES. Muitos dos agora colegas de partido de Rodney, o eram
também de ex-políticos que fundaram a roubalheira nos cofres públicos do
povo capixaba. Isto realmente não dá para esquecer.

Rodney não é e nunca será herói, não passando de um desastrado secretário da
insegurança.

Falo por mim.

Cel Júlio Cezar Costa
Diretor de Apoio Logístico da PMES
"Pensando hoje a Polícia do amanhã"

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