ESPECIALISTA EM MÍDIA E SEGURANÇA ANALISA O PAPEL DOS BLOGS POLICIAIS
A internet, especialmente os blogs e outras formas de comunicação participativa, vem produzindo mudanças radicais nas sociedades do mundo todo.
A grande virada é que, nesse ambiente, todos são autores e leitores ao mesmo tempo, todo mundo é emissor e receptor simultaneamente, revolucionando as relações de mão única que predominavam no livro, na televisão ou no rádio. No blog, no twitter e em outras redes sociais como Facebook ou Orkut, a pessoa lê e escreve, recebe e interfere de volta.
No Brasil, os blogs de policiais tornaram-se um fenômeno não só pelo seu grande crescimento - em pouco mais de dois anos, passaram de 30 ou 40 para quase 200 -, mas principalmente porque desenvolveram-se em um ambiente altamente hierarquizado e com rara tradição de liberdade de comunicação.
A experiência única de soldados, cabos ou inspetores expressarem-se em condições de igualdade com majores, coronéis ou delegados, ou com especialistas, jornalistas e curiosos sobre a segurança pública, está produzindo uma nova tradição.
Na rede, todos falam e ouvem em condições semelhantes, usando ferramentas tecnológicas gratuitas, bastando um computador e algumas horas de dedicação por semana. O resto é o conteúdo de cada um.
A novidade é que um jovem tenente passa a ser mais ouvido e consultado sobre polícia e segurança pública, não só por outros jovens policiais, mas também por jornalistas, por especialistas e por seus próprios superiores. A internet já começou a alterar lógicas de organização policial que permaneceram imutáveis por décadas. Também está mudando preconceitos. Um deles é o de que policiais não pensam, não elaboram e não falam sobre violência e segurança.
Silvia Ramos - Coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cãndido Mendes (CESeC) do Rio de Janeiro.
FONTE: Fórum Brasileiro de Segurança Pública
A grande virada é que, nesse ambiente, todos são autores e leitores ao mesmo tempo, todo mundo é emissor e receptor simultaneamente, revolucionando as relações de mão única que predominavam no livro, na televisão ou no rádio. No blog, no twitter e em outras redes sociais como Facebook ou Orkut, a pessoa lê e escreve, recebe e interfere de volta.
No Brasil, os blogs de policiais tornaram-se um fenômeno não só pelo seu grande crescimento - em pouco mais de dois anos, passaram de 30 ou 40 para quase 200 -, mas principalmente porque desenvolveram-se em um ambiente altamente hierarquizado e com rara tradição de liberdade de comunicação.
A experiência única de soldados, cabos ou inspetores expressarem-se em condições de igualdade com majores, coronéis ou delegados, ou com especialistas, jornalistas e curiosos sobre a segurança pública, está produzindo uma nova tradição.
Na rede, todos falam e ouvem em condições semelhantes, usando ferramentas tecnológicas gratuitas, bastando um computador e algumas horas de dedicação por semana. O resto é o conteúdo de cada um.
A novidade é que um jovem tenente passa a ser mais ouvido e consultado sobre polícia e segurança pública, não só por outros jovens policiais, mas também por jornalistas, por especialistas e por seus próprios superiores. A internet já começou a alterar lógicas de organização policial que permaneceram imutáveis por décadas. Também está mudando preconceitos. Um deles é o de que policiais não pensam, não elaboram e não falam sobre violência e segurança.
Silvia Ramos - Coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cãndido Mendes (CESeC) do Rio de Janeiro.
FONTE: Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Seja o primeiro a comentar
Postar um comentário