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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Após atentados à Rota, mais quatro veículos são incendiados

SÃO PAULO. Depois de um fim de semana violento, mais quatro veículos foram incendiados durante a madrugada de ontem na Grande São Paulo. Desde o fim de semana, quando o comandante da Rondas Táticas Ostensivas (Rota), o tenente-coronel Paulo Lopes Telhada, e o prédio da corporação foram atacados, pelo menos 17 automóveis já foram queimados na região. Ninguém ficou ferido.

Anteontem, o governador Alberto Goldman (PSDB), que no domingo descartou uma ação coordenada da facção criminosa que atua dentro dos presídios, mudou de tom e afirmou que todos (os criminosos) fazem parte de uma "organização criminosa", mas minimizou a potência do grupo em relação aos ataques sofridos em 2006, quando dezenas de policiais foram mortos em diversos atentados.

Ontem, o secretário de Estado de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, disse que os casos se tratam de ações isoladas, cometidas por vândalos que estão se aproveitando do momento para causar pânico na população.

Nas primeiras 36 horas após o atentado contra o comandante da Rota, policiais militares mataram sete pessoas na cidade de São Paulo. Entre esses sete, não está incluído Frank Ligieiri Sons, o homem baleado e morto sob a acusação de atacar a tiros na madrugada de domingo o quartel da Rota, na Luz, no centro de São Paulo.

O número de casos depois do atentado a Telhada é seis vezes a média diária de 0,78 caso de tiroteio com morte registrada pela corporação no primeiro semestre deste ano na cidade - 141 casos em 181 dias. Desde os ataques contra Telhada e a sede da Rota, a polícia ficou em estado de alerta e reforçou a vigilância de bases comunitárias e a atenção no patrulhamento das ruas.

Fogo. Um dos veículos incendiados ontem foi um ônibus, abordado por volta das 4h30, em São Bernardo do Campo. Motorista e cobrador foram obrigados a deixar o veículo, posto em chamas por criminosos armados.

À tarde, a PM prendeu em São Bernardo um homem, suspeito de colocar fogo no ônibus, com três coquetéis molotov. Ele era procurado pela Justiça e, segundo a versão dos PMs, integra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Outros três automóveis queimados foram carros: dois na Mooca, na zona Leste, e um no Jardim Júlia, zona Sul. Segundo o Corpo de Bombeiros, entre a meia-noite do último sábado e as 3h40 de domingo, 13 veículos foram achados queimados na zona Leste da capital.

Rota. Frank Ligieri Sons era ex-presidiário e irmão de Ronaldo Ligieri Sons, 35, ex-sargento da Polícia Militar. De acordo com o "Diário Oficial", Ronaldo pediu exoneração da Polícia Militar. O terceiro-sargento já havia trabalhado na Rota.

Os setores de inteligência da PM e da Polícia Civil investigam a hipótese de que o ex-detento Frank era ligado a policiais da própria Rota, espécie de tropa de elite da PM. A investigação tenta descobrir se Frank era um "ganso" (informante), que, durante parte dos 11 anos em que esteve preso por roubo e lesão corporal, passava informações sobre criminosos aos policiais da tropa de elite.

Cronologia
Domingo
- O comandante da Rondas Táticas Ostensivas (Rota), o tenente-coronel Paulo Lopes Telhada, consegue escapar de um atentado. Homem disparou cerca de dez tiros.
- Sede da Rota, no centro de São Paulo, é alvo de tiros. Frank Ligieiri Sons foi morto durante a ação.
- Pelo menos 13 veículos foram queimados na Grande São Paulo. Ninguém se feriu.

Ontem
- Homens armados jogaram um coquetel molotov em um ônibus em São Bernardo do Campo.
- A PM prendeu um suspeito com três coquetéis molotov. Ele faz parte do Primeiro Comando da Capital (PCC).
- Outros três carros foram queimados: dois na Mooca, na zona Leste, e um no Jardim Júlia, zona Sul.

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